domingo, 11 de julho de 2010

Descoberta criatura híbrida, fusão de animal e vegetal

FONTE: http://viverdeeco.com/



Um molusco exótico, que vive no litoral oeste dos EUA, pode redefinir tudo o que se sabe sobre a divisão entre animais e vegetais. Isso porque esse animal, cujo nome científico é Elysia chlorotica, não é bem um animal: é um híbrido de bicho com planta.

Cientistas de 3 universidades americanas descobriram que o Elysia conseguiu incorporar um gene das algas, o psbO, e por isso desenvolveu a capacidade de fazer fotossíntese. É o primeiro animal a se alimentar apenas de luz e CO2, como as plantas. “Ele consegue produzir sua própria energia, sem comer nada”, conta o biólogo Sidney Pierce, da Universidade da Flórida. Essa estranha capacidade é a mais nova proeza do Elysia, cujas habilidades evolutivas têm chamado a atenção da comunidade científica. Antes de se transformarem em híbridos de animal com vegetal, os moluscos dessa espécie costumavam engolir algas e usar os cloroplastos (pedaços de célula que contêm clorofila) delas para fazer fotossíntese.
Os pesquisadores ainda não sabem como o molusco conseguiu se transformar em planta, mas tudo indica se tratar de um caso clássico de seleção natural. Um indivíduo da população da espécie teria sofrido a mutação, levado vantagem (por conseguir se alimentar de luz) e transferido a habilidade aos descendentes. Pura Teoria da Evolução. Darwin continua irretocável. Mas a árvore da vida, e suas divisões entre gêneros e espécies, pode precisar de um pequeno adendo.
Fonte: Revista Super Interessante, Edição 276

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quarta-feira, 7 de julho de 2010

Peter Bethune, ativista da Sea Shepherd é preso

FONTE: http://amarnatureza.org.br

AE-AP
AGÊNCIA ESTADO
07/07/2010 - 12:10

Um tribunal japonês sentenciou nesta quarta-feira o ativista neozelandês Peter Bethune, do Sea Shepherd, a uma pena suspensa de dois anos de prisão após declará-lo culpado de agredir e obstruir uma missão baleeira japonesa no Oceano Atlântico. Desse modo, o ativista ficará em liberdade desde que não cometa nenhuma outra infração durante um período de cinco anos. Bethune foi considerado culpado por outras três acusações: invasão, danos à propriedade alheia e posse de uma faca.

No começo do julgamento, no fim de maio, o ativista admitiu ser culpado por todas as acusações, exceto a de agressão, que foi feita depois que ele jogou garrafas com manteiga podre nos trabalhadores do baleeiro japonês. Uma das garrafas se quebrou e feriu três tripulantes.

Bethune, de 45 anos, subiu em fevereiro no barco baleeiro Shonan Maru 2 de sua moto náutica e enfrentou o capitão por causa do naufrágio de uma embarcação com ativistas, no mês anterior. O neozelandês, ex-ativista do Sea Shepherd, grupo defensor da fauna marinha sediado nos Estados Unidos, foi retido no navio e preso quando a embarcação retornou para o Japão, em março.

O Sea Shepherd protesta há anos contra as pesquisas com baleias no Japão e várias vezes protagonizou enfrentamentos com baleeiros do país asiático. O Sea Shepherd afirma que as missões japonesas, uma exceção autorizada por um tratado internacional de proteção às baleias, são somente um disfarce para a caça comercial.

Durante o julgamento, o Sea Shepherd se distanciou do ativista, afirmando que ele havia sido contrário à missão de “ação direta não violenta” do grupo. Logo após o julgamento, porém, o Sea Shepherd revelou em comunicado que gastou mais de meio milhão de dólares na defesa de Bethune por ele não merecer ser preso e também por ele ser “um herói” no movimento pela salvação das baleias. Com informações da Dow Jones.

A candidata Marina Silva (PV) afirmou, se eleita vetará o projeto de lei que altera o Código Florestal

FONTE: http://amarnatureza.org.br

CAROLINA FREITAS
AGÊNCIA ESTADO

07/07/2010 - 12:45
A candidata Marina Silva (PV) afirmou hoje que, se eleita para a Presidência da República, vetará o projeto de lei que altera o Código Florestal Brasileiro e flexibiliza as regras para a preservação ambiental. A proposta de reforma foi aprovada ontem em comissão especial da Câmara dos Deputados. A votação no plenário só deve ocorrer após as eleições e o projeto ainda será analisado pelo Senado. Marina, ex-ministra do Meio Ambiente, classificou o texto aprovado como um “grande retrocesso” na legislação ambiental.
“Com certeza, eu vetaria, porque ele é um desserviço”, disse, ao visitar a Feira Internacional da Moda em Calçados e Acessórios (Francal), no Anhembi Parque - Centro de Eventos e Convenções da Cidade de São Paulo. Ela defendeu a pressão da sociedade contra as mudanças, a exemplo do que ocorreu na aprovação do Projeto Ficha Limpa, que impede políticos com condenação na Justiça de concorrerem a cargos eletivos. “A sociedade vai revogar essa medida pela mobilização social. Não podemos continuar sujando a ficha das nossas florestas com esse tipo de retrocesso”, disse. “Espero que a gente possa dar uma resposta como cidadãos à tentativa do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) de dizer que nós, brasileiros, não somos os donos da floresta, que alguns poderão ter o domínio dela.”
Programas sociais
A candidata do PV recusou-se a entrar na disputa travada entre petistas e tucanos pela paternidade de programas sociais. De acordo com Marina, quem tem compromisso com o combate à pobreza não precisa entrar nessa briga. Para a candidata do PV, o comportamento dos candidatos José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) demonstra “insegurança”. “Quando se tem um compromisso visceral com o combate à pobreza, como tem o presidente Lula e como eu tenho, você não precisa ficar lutando pela maternidade ou paternidade. O compromisso com o combate à pobreza é algo que se tem no DNA. É por isso que eu não faço essa concorrência.”
Marina prometeu que, se eleita, manterá e aperfeiçoará o programa de transferência de renda Bolsa Família. Questionada sobre as alterações de última hora feitas por Dilma no programa de governo enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a candidata tentou evitar polêmica. “É um momento de cada candidato afirmar o seu programa. Eu prefiro falar do que eu, conscientemente, assinei em baixo e sabia que estava enviando como plataforma.”
Marina classificou como “preocupante” o fato de candidatos assumirem compromissos que não conseguem sustentar. “Nessa campanha, isso acontece muito. Os que estão dizendo agora que vão fazer isenção de impostos são os mesmos que ficaram e não fizeram durante os últimos 16 anos.”
A candidata caminhou pela Francal por pouco mais de uma hora e foi recebida com simpatia por expositores e visitantes. Marina fez os diretores da Francal rirem ao falar com os jornalistas que se acotovelavam em busca de uma imagem dela: “Evitem acidente. Marina presidente.” O bordão inventado foi repetido pela candidata presidencial durante boa parte do trajeto. Ainda tímida, mas sempre sorrindo, Marina pediu a quem lhe cumprimentava “uma força” nestas eleições.
A candidata verde foi presenteada por expositores com uma flor de lapela feita de forma artesanal, uma presilha de cabelo e um par de sapatos com a bandeira do Brasil. Ao agradecer esse último presente, Marina brincou: “O Brasil parou de correr atrás da bola, mas eu vou continuar correndo atrás de votos.”

sábado, 3 de julho de 2010

Dieta vegana contribui para fim dos problemas ambientais

Fonte: Mônica Nunes/Débora Spitzcovsky
Planeta Sustentável - 02/07/2010

O relatório “Impactos Ambientais de Produção e Consumo”, da ONU, apontou que adotar uma dieta vegana é a principal contribuição que os consumidores de países em desenvolvimento podem dar para o combate aos problemas ambientais do planeta, como escassez de água e aquecimento global

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Quando o assunto é resolver ou, pelo menos, minimizar os principais problemas ambientais que, hoje, preocupam todo o mundo, muito se fala em políticas de combate ao desmatamento ou em transição para uma economia de baixo carbono: medidas importantíssimas que dependem, sobretudo, de vontade política. Mas o que os consumidores podem fazer no dia-a-dia para contribuir de verdade com a recuperação do planeta?

Responder a essa pergunta foi o objetivo dos pesquisadores do Pnuma – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, que produziram o relatório “Impactos Ambientais de Produção e Consumo” e concluíram que mudanças na forma como os habitantes do planeta se alimentam e se locomovem no dia-a-dia podem fazer grande diferença e, até mesmo, definir o futuro da humanidade no século XXI.

De acordo com o estudo, nos países em desenvolvimento, como o Brasil, a atitude dos consumidores que mais prejudica o meio ambiente é o consumo de produtos agropecuários – sobretudo, carne e leite. Sendo assim, o relatório recomenda uma dieta vegana para os habitantes dessas nações e garante que, desta maneira, contribuiríamos para:
– a preservação da água fresca do planeta, já que o setor agropecuário consome cerca de 70% do recurso disponível;
– o fim do uso de fertilizantes e pesticidas, que contaminam, aproximadamente, 40% dos solos da Terra e, também, a água utilizada nas atividades agropecuárias e
– a redução das emissões de gases do efeito estufa, entre outros benefícios.

Já para os consumidores dos países desenvolvidos, a recomendação é outra: de acordo com o relatório, os gastos domésticos de energia representam o maior impacto desses cidadãos no meio ambiente. Por conta disso, o Pnuma sugere que os cidadãos dessas nações reduzam drasticamente o tempo de uso de aparelhos eletrônicos, como computadores, aquecedores e televisores, que representam os principais pontos de consumo energético nas residências.

Apesar das recomendações específicas, os autores do relatório lembram que todos os consumidores devem procurar diminuir o impacto de suas ações em todas as atividades do dia-a-dia: adotando meios de transporte menos poluentes, consumindo produtos que agridam menos o meio ambiente e controlando o uso de água e energia. (Confira uma porção de dicas no Manual de Etiqueta Sustentável)

Veja o relatório Impactos Ambientais de Produção e Consumo, na íntegra, em inglês.